Feliz Ano Velho!

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Sim, Feliz Ano Velho, sim. Porque ele é o responsável pelas grandes alegrias que virão em 2006. Pelos sofrimentos também. Pelas grandes conquistas, pelos grandes tombos. Ele é o responsável por aquele papo bom com aquele alguém que conhecemos ao longo dele. Ele é o culpado por aquele amor que surgiu, por aquela mágoa que vai nos remoer até resolvermos perdoar, e ganharmos o céu com a sensação de consciência limpa e dever cumprido. Ele é o cara responsável pelo tapinha nas costas no final do dia. Por aquele elogio do chefe, do amigo, da namorada, do namorado. Ele é o responsável por aquela flor que está brilhando e colorindo aquela paisagem de cimento nos fundos de casa. Em algum dia dele, a semente caiu e germinou. Ele é o responsável por aquela lembrança boa que temos. E por aquela nem tão boa que sempre nos vem. E por causa dela, prometemos nunca mais fazer aquilo. Nunca. Por causa das dificuldades vividas nele, decidimos recomeçar aquele curso. E no curso conhecemos ele, ou ela. E namoramos e a deixamos. Ou o deixamos. Ou casamos. Ou só ficamos e namoramos. E foi ou será nossa companhia no reveillon que passou ou que virá. Ele é o cara que explica os propósitos, as promessas. Por causa dele, somos capazes de achar que seremos melhores. Que arriscaremos mais. Que deixaremos mais a vida nos levar. Por causa daquele alguém que perdemos, no ano que passou, só por isso, prometemos fazer de cada dia o último na vida de quem amamos. Vou dizer eu te amo sempre que me der vontade, chegamos a prometer. Claro que passa. Sempre passa. Mas é por causa dele que encantamos alguém quando lembramos que é preciso amar alguém como se não houvesse o amanhã. E amamos mesmo.

O amanhã não nos pertence. Concordo. Mas o ontem nos pertenceu e soubemos ou não aproveitá-lo da melhor forma. Por isso temos o hoje desse jeito. Incompleto ou feliz. Radiante ou magoado. Arrependido ou simplesmente de ressaca.

Somos resultados de nossas escolhas. Nossos dias serão o resultado do que escolhemos no feliz ano velho que passou. Li esses dias que sábio foi aquele que dividiu o tempo em fatias e nos deu a oportunidade de viver esse tempo onde tudo parece recomeço. Na virada do ano, tudo parece possível. Tudo é menos superficial e mais filosófico, digamos assim.

Que tal fazer um reveillon a cada dia mal vivido? Que tal um reveillon a cada oportunidade perdida, a cada elogio recebido? A cada crítica? Que tal um balanço da vida a cada tempo? Para percebermos o sabor das coisas, as cores da vida. Sempre.

Recebi de uma amiga uma mensagem que falou quase tudo. Desejo que a leiam e pensem em cada linha. Em cada linha da mensagem e em cada linha da vida que estamos escrevendo. Que ao final de cada parágrafo de nossa existência, possamos ter certeza que o próximo pode ser melhor. Com os acentos nos lugares certos, com as vírgulas nos tempos certos. Para dar o fôlego suficiente para quem vive, mas não mudar nunca o significado daquilo que acreditamos. Que os pontos também sejam conseqüência de decisões corretas de acabar por ali e recomeçar logo em seguida. Ou não. Para entendermos que regras de sintaxe ou de gramática foram inventadas para serem seguidas, ou não. Assim como as regras de nossa sociedade. Que muitas vezes parecem não se adaptar ao texto que queremos escrever e à personalidade do autor. Bom, decidam vocês.

Que todos os justos ideais se realizem sempre.

A Uzina continua em 2006. Com todo gáz que encontrar por aí.

Abaixo, a mensagem da qual falei.

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Hoje existem edifícios mais altos e estradas mais largas, porém temperamentos pequenos e pontos de vista mais estreitos.

Gastamos mais, porém desfrutamos menos.

Temos casas maiores, porém famílias menores.

Temos mais compromissos, porém menos tempo.

Temos mais conhecimentos, porém menos discernimento.

Temos mais remédios, porém menos saúde.

Multiplicamos nossos bens, porém reduzimos nossos valores humanos.

Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais.

Chegamos à Lua, porém temos problemas para atravessar a rua e conhecer nosso vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, porém não o interior.

Temos dinheiro, porém menos moral.

É tempo de mais liberdade, porém de menos alegrias.

Tempo de mais comida, porém menos vitaminas.

Dias em que chegam dois salários em casa, porém aumentam os divórcios.

Dias de casas mais lindas, porém de lares desfeitos.

Por tudo isso, proponho que de hoje e para sempre,

Você não deixe nada “para uma ocasião especial”, porque cada dia que você viver será uma ocasião especial.

Procure Deus… Conheça-O.

Leia mais. Sente na varanda e admire a paisagem sem se importar com as tempestades.

Passe mais tempo com sua família e com seus amigos. Coma sua comida preferida, visite os lugares que ama.

A vida é uma sucessão de momentos para serem desfrutados, não apenas para sobreviver.

Use suas taças de cristal. Não guarde seu melhor perfume, é bom usá-lo cada vez que sentir vontade.

As frases: “Um desses dias”, “Algum dia”, elimine-as de seu vocabulário.

Escreva aquela carta que pensava escrever “um desses dias”.

Diga a seus familiares e amigos o quanto os ama.

Por isso não protele nada daquilo que somaria à sua vida sorrisos e alegria.

Cada dia, hora e minuto são especiais… e você não sabe se será o último…

Neste final de ano, pense sobre isto… E um bom começo de mudança!

Juliano RigattiFeliz Ano Velho!
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Retrospectiva 2005: os comentários da Uzina

7 comments

Ah, se todo mundo pode, eu também posso. Tudo que é coisa faz a sua retrospectiva no final do ano. Do Faustão ao Clube de Mães.
No ano do primeiro aniversário da Uzina, chegou a minha vez tbm.
Confira os comentários deixados no site. Dos mais legais aos mais… legais!

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Anônimo disse…
Divulgaste pouco hein, mas gostei da história do dedo queimado.
Beijo 🙂
Jac
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Este foi o primeiro comentário da Uzina. Super Jac.
Sobre o texto “
Escrever e escrever”, de 13/01/2005

Anônimo disse…
Perfeito. Bem verdade isso.
É por isso que eu prefiro a música, não precisa de barra de rolagem !!!
Adicionado: CTRL+D
Franco – www.radiofonia.com.br
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Sobre o texto “Leia até aqui.”, de 21/01/2005

Rafael (daredevil_fa7@hotmail.com) disse…
Nossa adorei o texto e gostaria de falar aos que nunca tiveram a oportunidade de ler o livro citado acima que devem o fazer imediatamente. Posso afirmar categoricamente que de todos os livros que li, dentre todos os estilos ” in wester nicht neues” foi o melhor deles. SE ESTIVER PROCURANDO UMA BOA LEITURA COMPRE-O AGORA…. (não sou garoto propaganda, mas de fato o livro é fantástico)
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Sobre o texto “Nada de novo no front”, de 28/01/2005

Jac disse…
Oi Ju… hoje olhando o jornal do meio dia estava pensando… quanta gente morre por dia, por noite. Tb me questiono sobre muitas coisas.. quem será o próximo? eu?
beijo amigo
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Sobre o texto “Onde é que nós estamos?”, de 18/02/2005

Franco disse…
Juliano, tá show o texto … mas o pior não é a morte do sumo sacerdote e pacificador mundial.
O pior é que a morte dele acaba por encobrir e colocar em segundo plano as verdadeiras chacinas e barbáries contra a vida (guerra no iraque, extermínio no RJ, aumento de impostos no RS e outros que temporáriamente ficam esquecidos …). A morte dele já é perda suficiente!
Um abraço,
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Sobre a morte do Papa João Paulo II. Postado em 04/04/2005

eduardo beilner disse…
desculpe por ter te chamado de urubu; não que TU especificamente sejas urubu, ocorre que no meu modesto entendimento “ser urubu” é parte da atividade de jornalista e de outras tantas…nada pessoal, Alemão!
um abraço,
Um Futuro Sangue-Suga
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Sobre alguma Fagulha postada em 04/04/2005

Jacqueline Oliveira disse…
Ju, sempre faço isso quando leio. Diversas vezes páro e fico tentando digerir o que li. Sei lá..
e quero ler esse livro.
PS: voltar pra Canoas, leva mais de meia hora?
beijo
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Sobre o texto “Oh, Olga.”, de 17/04/2005.

Luciene disse…
E eu ainda assim prefiro sorrir a cerrar os dentes. A engolir o sorriso amarelo escrachado, rir àquele que despreza o quanto é simples ser feliz. E mesmo quando choro, eu ainda rio, que a dor é contraposto da verdadeira vontade de sorrir.
E tenho dito: é melhor ser alegre do que ser triste.
Abç.
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Sobre o texto “Alface”, de 19/08/2005

Jacqueline Oliveira disse…
ai, nem me fala em alface..
fazer dieta é fueda! Heheh
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Sobre o texto “Alface”, de 19/08/2005

Anônimo disse…
Ok, OK, o probrema tá na pecinha !
Então, já q a pecinha não está bem, é melhor que as pecinhas esclarecidas pensem bem e decidam pelas outras, para que não comprem e nem usem (sem autorização da PF)e nem deixem q roubem sua ‘pecinha’ assassina .
Caro, Juliano, respeitosamente, vejo com teu excelente artigo, mais um bom motivo para dentro da razão e do bom senso lutarmos (sem estas armas) pela justiça e paz!
Um abraço, pe roberto
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Sobre o texto “O problema está na pecinha”, de 08/10/2005

Ricardo disse…
No meio da maré de spam, Juliano, é até animador saber que esse tem diversos toques de realidade, sem ser fantasioso. Espero que realmente seja verdadeiro e que novos elos surjam para essa corrente.
Abraço.
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Sobre o texto “Enc: A corrente do bem – parte 2”, de 11/10/2005

Letícia disse…
Obrigada por publicar meu relato. Parece que já passou tanto tempo e muita gente já esqueceu de tudo que aconteceu mas, só para teres uma idéia, ainda há pessoas sem luz (para uma amiga minha a luz só retornou 3 dias atrás), sem contar outras privações. A vida demora pra voltar ao normal depois de algo tão extraordinário, e para alguns nunca voltará a ser o que era antes.
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Sobre a entrevista “No olho do Wilma”, de 11/11/2005

Juliano RigattiRetrospectiva 2005: os comentários da Uzina
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