Nada de novo

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Juro: não há nada de novo em orkut, twitter, facebook, youtube, msn, blogs. Não há. Pode até parecer piegas, mas digo que não há porque não há nada de novo sob o sol.

Quando nascemos, desde bebês, buscamos reconhecer nosso ambiente, criamos relações com as pessoas, descobrimos a interação, o aprendizado, a colaboração, a indicação. É próprio do ser humano buscar socializar-se. A internet descobriu isso. Isso são as famosas redes sociais. Com o orkut, (re)encontramos as pessoas que conhecemos na vida real (ou não). Criamos ou refazemos os vínculos. Deixamos recado, mostramos fotos, insinuamos nossos gostos. Como numa tarde de sábado, sentados na sala, tomando chimarrão. Tudo igual. Com o twitter, avançamos, mas também não há nada de novo. Passamos a escolher quem queremos ouvir, com quem queremos ter contato. Escolhemos a dedo nossos seguidos. Se pisam na bola, saem de nossa lista. E os outros fazem isso conosco também. Se nosso conteúdo não agrada, podemos perder o amigo. Apresentamos e recomendamos nossos contatos ao resto da galera. É uma rede crítica, o twitter. Como a vida o é.

A linguagem. Também como em nossa existência física, a internet possui um idioma. Isso talvez o torne um pouco distante, quase assustador no início. Não há razão. Como fizeste aquele cursinho de idiomas um dia, aprenda os códigos de comunicação na internet também. Simples assim.

Mais do mesmo. É o que a internet. O que não a torna menos fascinante, claro. Ela amplia as possibilidade. Aproxima. Multiplica. Facilita.

Agora, não esqueçamos. A internet não é uma nova existência. É apenas uma roupagem modernosa daquilo que existe desde o princípio. Não abandone as visitas reais, os beijos de verdade, o abraço forte. A vida segue a mesma. Porque não há nada de novo sob o sol.

Juliano RigattiNada de novo
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