O Natal pode ser como aquele pai que abaixa-se até a estatura do filho sempre que precisa lhe dizer algo importante.
Olhando nos meus e nos seus olhos, neste dia santo, Ele diz duas coisas — e as enumera como forma de valorizá-las:
— Vou lhe dizer duas coisas.
Surpresos, você e eu não esboçamos nenhum movimento, estamos atentos.
— A primeira lição deste acontecimento é o que o antecede e o possibilita. O gesto daquela menina, chamada Maria, de colocar-se em prontidão para que acontecesse com ela algo estranho, duvidoso e quase absurdo. Num ato de rara coragem humana, ela rejeita sua razão e entrega sua existência à fé. E só por isso o milagre aconteceu.
— Sim, um grande exemplo — nós respondemos. Mas muito difícil de pôr em prática.
— O segundo aspecto do Natal é que, se vocês forem capazes de repetir o gesto da virgem, por menor, mais circunstancial e simples que seja, repetirão também o milagre.
— Como assim?
— Se forem capazes de perceber a Minha vontade em suas vidas, com ouvido atento e olhar puro, e tiverem coragem de seguir Meu chamado, suas vidas também servirão de útero para o Salvador.
E continuou.
— O Natal vem a cada ano revelar que também vocês são capazes de gestar e parir o sagrado. Como templo do Espírito Santo que são, suas vidas têm o potencial de trazer ao mundo a salvação, em pequenas ações, nas relações que pessoas.
Maria refez a história ao dar a luz a Jesus Cristo. Por seu exemplo, podemos seguir realizando este milagre em nossas vidas.
Feliz e abençoado Natal!
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