Há um demônio dentro de mim

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Atenção, só leia este artigo se tu já viste o filme Se beber, não case 2 ou se não pretendes vê-lo, ok?

Stu

Bom, é possível encontrar uma mensagem construtiva num filme de comédia, como o Se beber, não case 2 e escrevê-la sem parecer piegas? Tentarei.

Para quem viu o filme, o título deste artigo é uma confissão de Stu, personagem dentista do ator Ed Helms, que tenta se casar depois do porre que o leva, junto com seus amigos, para Bangkok, principal cidade da Tailândia. As descobertas e desdobramentos do dia seguinte tinham o potencial de acabar com o sonho de Stu de casar-se nas próximas horas. A combinação de ritalina com relaxante muscular e cerveja, despertou nele as mesmas reações e comportamentos da primeira edição da história.

Mas e por que eu escolhi a foto de Stu para ilustrar meu perfil no Twitter e no Facebook? O que ele tem a ver comigo?

Segundo dois amigos meus, bastante. Dizem que o jeito certinho e organizado do personagem os fez lembrar de mim enquanto viam o filme. Imaginem! De todo modo, não é a isso que me refiro. O que quero dizer com tudo isso é que também possuo um demônio dentro de mim. Como Stu. Não, pior que o dele. O meu não precisa de bebidas nem de qualquer outra droga para despertar de seu sono.

É! Dentro de mim, habita uma criatura capaz de acabar com os meus planos para o futuro, com a minha carreira, com a minha saúde, com a minha fé, com as minhas mais confidentes amizades. Este ser procura levar todo o meu dinheiro, desviar minha atenção na metade de todos os livros, submeter todas minhas forças, dominar meu pensamento e arrasar com a minha reputação. É isso que ele quer. Quer assumir todo o controle.

Sei que no filme não é tão romântico assim, mas Stu encontra em sua confissão o modo de reconquistar a noiva e atrair a confiança do futuro sogro. Essa é a leitura que faço. Só com o reconhecimento de quem realmente somos, dos limites que temos, é que conseguimos avançar e amadurecer nesta vida.

E há um demônio dentro de você também! Ele quer que você engorde, atrofie as suas articulações, assista ao Faustão a tarde toda e não visite mais ninguém, até que todos os que tu mais amas te condenem por desleixo e te esqueçam completamente. É isso que ele quer. Quer assumir todo o controle.

Para alguns, ele é o pecado, para outros, é o nosso instinto animal, tentando ignorar nossa evolução como homem, como mulher, como cidadão, como cristão.

Não é difícil manter-se vigilante. Ele deixa marcas de quando age por meio de nossas ações. Stu, por exemplo, ficou com uma tatuagem do lado do olho esquerdo para nunca mais esquecer de seu demônio. Deixarei meu Twitter e Facebook assim para lembrar das minhas marcas pelos próximos dias.

Observe dentro de você este demônio. Observe os seus movimentos e os seus desejos. E quando o identificares, procure discernir o que tu sentes, o que tu pensas e como tu ages. E passe a sentir com verdade, pensar com justiça e agir com misericórdia.

Juliano RigattiHá um demônio dentro de mim

9 comments

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  • Álvaro - 14 de julho de 2011 reply

    Esse demônio se chama Superego, e não se dá muito bem com um tal de Id…

    Álvaro - 14 de julho de 2011 reply

    Na verdade é o contrário… Vai ver que o meu demônio me induziu ao erro.

  • Lançanova - 14 de julho de 2011 reply

    Engraçado. É só ficar de TPM que o meu demônio aparece.

    Diego Crepes - 31 de janeiro de 2012 reply

    hehehe ri alto aqui ushausahus “Engraçado. É só ficar de TPM que o meu demônio aparece.”

    bom texto eescelente reflexão

    Diego Crepes - 31 de janeiro de 2012 reply

    *execelente XD

  • Tina - 15 de julho de 2011 reply

    Concordo com muitos dos textos de Juliano Rigatti.
    Admito que passei a dar mais atenção à eles depois de ver, certa vez, este falando sobre a pessoa de Cristo! …

  • eduardo - 19 de julho de 2011 reply

    Stu = Ju
    primeiro o dente
    depois a tatuagem
    e por fim…
    (brincadeira, hehehe)
    Forte abraço,
    Dudu

  • Marcel Brandão - 30 de outubro de 2012 reply

    Bom dia, escrevi sobre isso, e sempre falei a mesma coisa, sobre os dois lados do “eu”.

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