Meu sobrinho já é um feto!

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Esta é a primeira vez que escrevo aqui sobre meu sobrinho. Meu primeiro sobrinho. E porque hoje é uma data célebre: ele ultrapassa seu terceiro mês de vida, deixando a condição de embrião para assumir a aspecto semelhante ao adulto e tornar-se um feto.

Meu sobrinho existe em seus aproximados 61mm de vida. Já tem genitália externa – embora não saibamos de qual se trata – estômago, bexiga, massa encefálica, além do esboço da coluna vertebral. Possui características de uma pessoa, rosto de gente. As unhas dos pés e das mãos já começaram a se formar (Catarina, se for você que está aí, já tem com o que se preocupar, portanto).

Ainda não dorme, não chora, não pensa, não faz cocô, o feto. Mas já vive. Já deve sentir. Há algumas semanas, na primeira foto que tiraram dele, minha irmã dizia que o então ambrião era todo coração. Estava pulsando incessantemente e procurando a cada dia expandir sua singela forma de vida para outros membros, órgãos e tecidos.

Por enquanto, meu sobrinho, de pouco mais de seis centímetros, é só uma simples manifestação de Deus. Porque só essa força oculta, onipresente, onisciente e onipotente pode fazer com que esse milagre aconteça: com envergadura de um prendedor de roupas, que flutua em uma substancia liquida, que pulsa um minúsculo músculo no seu centro e se transformará em um ser falante, pensante e com polegar opositor em pouco mais de seis meses. Só Deus para depositar nesse desconhecido ser toda sua milenar capacidade de criação mesmo sabendo que tipo de realidade ele vai adentrar. Só Ele.

Juliano RigattiMeu sobrinho já é um feto!
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