Minha campeã da Copa

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Era a Alemanha. Porque ela apresentou nesta Copa, em surpreendente quantidade, o que lhe faltava: a técnica. Jogadores jovens, habilidosos e rápidos. Arrasou a Inglaterra, humilhou a Argentina. E o que ela sempre teve?

Lembro de um casal de amigos q contou sobre a viagem q fez à Alemanha um tempo atrás. Eu pasmo enquanto eles tentavam me convencer que lá, no país de onde vieram os avós dos meus avós maternos, lá as pessoas usavam o trem e depositavam a passagem em dinheiro em uma espécie de roleta sem que ninguém os cobrasse e sem que a roleta os travasse.

É isso que a Alemanha sempre teve: a disciplina. A mesma disciplina que os fez perder hoje.

Posso ver a conversa entre os jogadores e o técnico comedor de meleca no intervalo do jogo:

– Vocês continuarão sem atacar. Aguardarão o contra-ataque, como já mandei que façam – mandou o treinador.
– Mas eles estão marcando nosso contra-ataque… – diria Ozil, respeitosamente.
– Não atacarão.
– O time deles está por todo campo… – tentou Schweinsteiger, olhar vindo de baixo, enquanto era interrompido.
– Não atacarão.
– Eles acabarão fazendo gol… – Cacau tentou em português.
– Não atacarão.
– E se fizerem gol? – ocorreu a Klose.

O juiz apita para o segundo tempo, a Espanha faz o gol e classifica-se para a final pela primeira vez na história.

A Espanha deve ser a campeã. Continuo acreditando na disciplina do polvo alemão.

Juliano RigattiMinha campeã da Copa
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