Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
Mário Quintana
2 comments
Join the conversationRicardo - 25 de janeiro de 2010
Putz, já tava achando que o cara tinha virado poeta. Chego no final e leio: Mario Quintana. Te atirei pros cachorro…rs…
abraço, velho…
uzina - 26 de janeiro de 2010
Bom, pra quem tinha só letra de guria, te fazer acreditar em veia literária até o fim já tá de bom tamanho. 🙂
Eae, meu velho? Que que mandas? Como vai essa vida? Tá na Uni ainda? Quanto tempo… Esses dias troquei umas mensagens com a mocréia no Orkut..
Abração!