Eu financiei um livro coletivamente

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A gente só reconhece o que conhece.

Definitivamente. E eu só fui reconhecer a força da equação abaixo quando conheci pessoalmente o seu resultado.

propósito + tecnologia + multidão = realização

Há pouco mais de 60 dias, coloquei no ar uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a editoração e impressão de um livro que escrevi. Em dois meses, eu precisava juntar R$ 10.915.

Primeiro passo

É preciso dar-se conta que não é porque a internet é esta maravilha toda que a coisa vai ladeira abaixo. Não foi fácil mobilizar as pessoas, sensibilizá-las para a importância, insistir com as taxas de conversão que me desanimavam. Quase sempre 10% ou 20% daqueles que você acha que irão aderir realmente aderem.

Segundo passo

Conte com sua rede mais próxima antes de pôr a campanha no ar. Venda antes o projeto a familiares, amigos e pessoas com mais chances de comprar a ideia. Se achar que merece, crie uma página no Facebook e faça aquele aquecimento. Para você não perder um só dia quando o tempo começar a correr. Eu criei a minha. Avise quando a campanha for ao ar por canais que você tenha certeza que todos ficaram sabendo (ao menos). Cara de pau? Sim, vista-se dela durante o tempo necessário.

Terceiro passo

Seja atencioso, criativo, persistente e mantenha o ritmo. Conheci muita gente boa, criei belos vínculos com uma galera que talvez nunca conheceria. Ouvi e li coisas que me emocionaram profundamente. No entanto, para algumas pessoas, acho que eu fui um grande chato; para outras, também. Mas, desculpa, pessoal, era necessário.

gravatai

Partilha que promovi durante encontro do CLJ da paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Gravataí

No final, eu consegui.

É inestimável o valor de uma campanha finalizada, com 118% da meta alcançada e uma comunidade de mais de 500 pessoas mofinalizadobilizadas e manifestando a todo momento seu carinho, gratidão e apoio ao projeto. Um projeto que nasceu meu e que passou a ser de cada um que contribuiu com qualquer moeda.

Virou clichê a frase atribuída a Raul Seixas segundo a qual um sonho sonhado sozinho é um sonho, mas um sonho sonhado junto é realidade. Mas é a mais pura realidade quando se vive o momento que estou vivendo.

Não é novidade que a internet reúne multidões, lota passeatas, ocupa praças e escolas e junta, até em 24 horas, a grana necessária para a cirurgia de uma criança.

Mas é diferente quando a experiência é pessoal.

O financiamento coletivo do meu livro é a concretização da capacidade da internet e de seu modelo que potencializa o coletivo. Seja quem for o seu agente.

E é preciso ter valor.

Não tenho dúvida que consegui expressar com conteúdo o propósito que move este projeto, e que a isso também se deve o sucesso da campanha.

É um marco de vida experimentar a força desta equação. Sem ela, suponho que o livro O CLJ me enganou nunca existiria. Simples assim.

Muito obrigado a todos! De coração.

Juliano RigattiEu financiei um livro coletivamente

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